It's Look Like a Movie Scene

"Algumas vezes esperamos demais das pessoas. Algumas vezes esperamos que seja como em um filme, onde você sai correndo e ela vai atrás, pega em seu pulso, te vira e diz que te ama. Quem dera a vida fosse assim:
Como em um filme."

"Não volte mais", essas palavras ecoavam na cabeça de Katy, como a música que a mesma havia feito para aquele que as disse. "Me deixa em paz, você só foi uma diversão", Katy forçava sua mente a tira-las, mas isso só fazia repeti-las mais e mais.

"Pra mim chega!", Katy berra pra si mesma, fazendo com que e moça que passava por ela na rua olhasse assustada. " É a ultima vez, a ultima chamada, a ultima carta", Katy pensava em voz enquanto voltava para sua casa. Algo a fazia sentir nojo dela mesma, talvez o fato da pessoa que ela amava acabara de chamar ela de "diversão". 

Katy entra em seu carro e acelera, passando de 120km/h, para talvez sua casa, ou talvez para a ponte mais perto, onde ela possa se jogar. A ideia só passou por sua cabeça, o que a fez sorrir entre as lágrimas que escorriam por seu rosto. Mas não, ela queria ter um adeus daquele que a usou, um adeus daquele que a fez de trouxa.

Assim que chegou em casa, Katy procurou seu caderno, era um caderno velho, com uma capa rasgada, mas lá tinha todos os trechos de poemas que ela já havia feito para o tal garoto. Ela abriu na ultima página em branco e começou a escrever.

"Seria uma pena se você olha para trás

e encontrasse meu corpo

estirado no chão.

Junto a ele teria uma folha

com uma cansão

sobre a minha paixão

Não me deixe cair

estou cansada de dormir sozinha todas as noites

tentando me distrair.

Mas essa vai ser a ultima vez,

já que não vou ver o sol nascer

amanhã de manhã.

Não corra, não tem razão

foi apenas um paixão."

Já estava de noite quando Katy resolveu ver a face do amado mais uma vez, arrancando a folha de seu caderno. Ela queria ver aqueles olhos cor de esmeralda mais uma unica vez, aquelas covinhas novamente. Lembrar de seu sorriso fez Katy sorrir por um momento, mas logo após ela lembrou do sorriso dele essa manhã, quando a mandou embora e nunca mais voltar.

Ela toca algumas vezes a campainha da grande casa, até aparecer ele na sua frente.

"O que faz aqui, Katharine?", o garoto com a voz rouca perguntou, surpreso pela aparição de Katy.

"Vim só te dar tchau decentemente, Harry.", sua voz falhou, por conta de seu nervosismo.

"Como assim?", a duvida sobre-saltou sua pergunta, Harry tinha as mãos tremulas, mesmo tendo falado para Katharine o esquecer, ele a amava, acima de tudo, seu coração pertencia a ela.

Katy não piscou, não respirou, não mexeu os lábios, nada. Apenas entregou o papel, encostou seus lábios na bochecha do amado e saiu em direção ao carro. Katy dirigia depressa, afim de voltar para casa e fazer o que tinha que fazer.

Assim que chegou em casa, Katy desligou todos os telefones, menos o seu. Foi até a janela do seu apartamento, olhou para baixo. " vinte e dois andares.", pensou alto. " Será que vai funcionar?", olhou mais uma vez para baixo, sem duvidas era a sua chance. Ela tinha dado de sua vida para aquele garoto, 19 anos de sua vida dedicando-se ao seu amado. Ela puxou um papel do bolso e o segurou com força, sem medo do que poderia acontecer, passou sua pernas para fora da janela e ia impulsionar seu corpo para frente, quando viu algo que lhe chamou a atenção. Um aglomerado de gente, repórteres e mais repórteres. Um frio na barriga tomou conta dela.

A menina saiu da janela e chamou o elevador. Assim que o elevador chegou, ela apertou o térreo, na esperança dele ir mais rápido, apertou mais umas 3 vezes. Ela andava de um lado para o outro, rezando para que não seja quem ela pensava. Assim que o elevador abriu as portas, Katy saiu correndo, indo até o local do incidente.

Então ela o viu. Aquele que esteve sempre ao seu lado. Aquele que esteve sempre em seu coração. Tudo o que ela tinha passado com Harry passou diante de seus olhos, seu primeiro beijo, sua primeira "vez", os momentos em família. Tudo.

"Meu corpo estirado no chão", sussurrou para si mesmo, se aproximou e viu que na mão de seu amado, tinha uma folha. Ela agachou-se perto dele e a pegou. "junto a ele teria uma folha com uma cansão", ela disse a si mesmo, lendo a letra. Era uma das musicas dela, que ele copiou a mão.
"Ele entendeu a carta.", sussurrou para si. A culpa tomou o seu corpo e Katy se afastou de lá, tentando pensar em uma saída. Algo a impediu de prosseguir, algo, com asas gigantes.

"Tarde demais", disse o anjo a sua frente, "você demorou demais, nem dando sua própria vida você terá ele de novo."

"Por que diz com tanta certeza", perguntou a garota aflita.

"Porque ele deu sua vida pra você.", o anjo saiu, deixando-a sozinha.

Olá, gente. Eu estava meio depressiva e escrevi isso.

Não escrevi hoje, mas enfim...

Espero que tenham gostado.

Comentem.

xxGiu